quarta-feira, 6 de março de 2013

Pedagogia da Autonomia (Paulo Freire)


FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa.  23.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

Resumo elaborado por Isabel Nercolini Ceron

De uma coisa, qualquer texto necessita: que o leitor ou a leitora a ele se entregue de forma crítica, crescentemente curiosa.
(Paulo Freire, 2002, p. 22)

Cada ser é único e possui suas necessidades, suas vivências, suas experiências que devem ser consideradas pela sua individualidade. Em seu livro, Freire fala sobre o respeito à dignidade e à autonomia do educando, desde a criança até o adulto. Para que esse respeito seja efetivo a ação pedagógica precisa estar aberta às mudanças e atenta ao ritmo de cada educando no processo de aprendizagem. A prática docente precisa estar em constante reflexão visando a aprendizagem significativa do educando, auxiliando na conquista de sua autonomia. A questão da formação docente ao lado da reflexão sobre a prática educativo-progressiva em favor da autonomia do ser dos educandos é a temática central em torno que gira este texto. (FREIRE, 2002, p. 14). Freire também traz para discussão a “ética”. Segundo ele, a ética “é a que se sabe afrontada na manifestação discriminatória de raça, de gênero, de classe.” (FREIRE, 2002, p. 17). De acordo com ele, o preparo científico do professor coincide com sua retidão ética. Formação científica, correção ética, respeito aos outros, coerência, capacidade de viver e de aprender com o diferente, [...] são obrigações a cujo cumprimento devemos humilde mas perseverantemente nos dedicar. (FREIRE, 2002, p. 18).          O educador precisa ter paixão por aquilo que faz, fazendo da sua prática docente o incentivo aos educandos pela busca do conhecimento, pela pesquisa. Deste modo, os educandos tornam-se donos de sua caminhada, autônomos em suas atitudes e ideias. O educador precisa dar condições para o educando refletir, para que possa perceber que sua vida não está determinada e que ele pode reinventar as condições em que vive por meio de sua perseverança, da curiosidade, da confiança em si e de sua esperança. “Esta é uma das significativas vantagens dos seres humanos – a de se terem tornado capazes de ir mais além de seus condicionamentos” (FREIRE, 2002, p. 28).

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