TÍTULO
DO PROGRAMA: A HISTÓRIA DO SAMBA
PALAVRAS-CHAVE: História. Samba. Ritmo
IDADE
DO ALUNO: 12 anos
O QUE
PODEREMOS APRENDER OU DESENVOLVER HOJE? Com esta atividade temos o objetivo de contextualizar de forma
mais abrangente o samba. Falaremos da sua história, de suas transformações ao
longo dela e da sua influência em novos segmentos musicais.
ATIVIDADE
01: A história do Samba
Com o objetivo de contextualizar um pouco mais o
conteúdo de samba, iremos contar uma história, o qual os personagens serão
ritmos musicais que fizeram parte de sua origem. O personagem principal dessa
história será o Samba, um jovem rapaz filho de músicos. A partir dessa história
apresentaremos variações do samba que surgiram posteriormente e introduziremos
também o próximo conteúdo que será o Samba Reggae.
História do Samba
“Era uma vez um menino que se chamava Lundu.
Ele nasceu no nordeste brasileiro em meados do século XIX. Era filho de pai
português e mãe africana, que por sua vez era escrava.
Lundu cresceu nas senzalas jogando capoeira
e batucando tambores, atividades que o tornava feliz como um homem livre.
BATUCADA DE LUNDO
Aos 12 anos Lundu aprendeu a dançar e sentir
através de movimentos a música que ele mesmo sabia fazer. Isso o tornava muito
popular entre as garotas, as quais suspiravam e disputavam o seu amor. Lundu se
tornou um dos maiores dançarinos daquelas bandas, chamando a atenção até mesmo
das filhas dos Coronéis, que por sua vez não gostavam nenhum pouco do Lundu por
ser apenas um escravo. Mas Lundu não ligava para o que pensavam dele e em
muitas vezes se aventurava com as filhas dos Coronéis e com elas teve diversas
histórias de amor. A primeira delas foi a Valsa, que acabou não dando certo por
ela ter vindo da Áustria e só gostar de dançar em salões da nobreza, onde Lundu
não podia frequentar.
TOCAMOS VALSA
Lundu como era um dançarino muito popular,
logo conheceu uma outra garota que veio de um lugar muito distante chamado
Polônia. Assim como Lundu, essa moça gostava muito de música e tocava piano
muitíssimo bem. (http://www.youtube.com/watch?v=e8PJsjO1u5w)
O nome dela era Mazurka. Mazurka era uma
moça muito ciumenta e sabendo da fama de Lundu, deu um ultimato: “Ou você fica
comigo, ou fica com essas suas músicas infames!”. Lundu não pensou duas vezes e
terminou o relacionamento ali mesmo.
Lundu teve outros vários romances que não deram certo. Até que um dia
Ele conheceu a Polca, que viria a ser o amor de sua vida. Lundu se apaixonou
perdidamente por ela e da mesma forma ela se apaixonou por Lundu. Mas existia
um grande problema, Lundu ainda era um escravo e ela era filha do rei da
Hungria. Apesar de ela pertencer à realeza, ela praticava danças populares de
seu país e isso aproximou ainda mais um do outro. Os dois eram como almas gêmeas...
A única maneira de preservar esse amor era
vivendo em um lugar distante dali. Então decidiram fugir e foram para o Rio de
Janeiro. Lá encontraram algumas dificuldades, mas por ser uma cidade grande,
conseguiram sobreviver fazendo música. Os moradores daquela cidade apreciavam
muito essa música que era uma novidade para eles e então passaram a chamar essa
música de Polca-lundu.
Tempos depois tiveram um filho e deram o
nome de Maxixe. Por influência dos pais, Maxixe também se tornou músico e
dançarino. Por ter esse nome “estranho” recebeu o apelido de “Samba”, nome que
se popularizou em toda a cidade do Rio de Janeiro, fazendo-o conhecido apenas
pelo apelido.
Samba vivia se metendo em confusões, pois
sua música não era bem vista pelos homens ricos da época, por constar nas
letras coisas que eram contra a burguesia. Porém encontrou nas periferias um
lugar de refúgio, onde havia pessoas que se identificavam com suas letras.
E como diz o ditado: “Filho de peixe,
peixinho é”. Assim como o seu pai Lundu, o Samba também teve várias mulheres,
com as quais teve muitos filhos, que também se tornaram músicos levando adiante a tradição da família...”
MATERIAL NECESSÁRIO: Sala de vídeo e instrumento para
tocar durante a história.
DURAÇÃO: 20 min.
ATIVIDADE
02: Documentário “Coruja”
Assistir juntamente com os alunos ao documentário
coruja, para concretizar a contextualização do samba. O
filme mostra a relação de Bezerra da Silva com seus compositores, anônimos
garimpados por ele "onde a coruja dorme", nos morros cariocas e na
baixada fluminense. Daí surge sambas feitos por trabalhadores, crônicas
cáusticas mas bem-humoradas de gente simples que mora na favela e conta seu
dia-a-dia nas músicas. Na
sequência abrir espaço para perguntas e considerações.
DURAÇÃO: 30 min.
REFERÊNCIAS
SANDRONI, Carlos. Feitiço decente: Transformações do samba no Rio de Janeiro,
1917-1933.
Rio de Janeiro: Ed. : Ed UFRJ, 2001.
VIANNA,
Hermano. O Mistério do Samba. Rio de
Janeiro: Ed. UFRJ, 2004